segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Quando me Desarmo


Quando me desarmo

Sinto me preparado para outra guerra
Mas por qual razão continuo tremendo?
*Tiros*
Paz... Calma...
Esse som me inspira...
*Tiros*
Ahhhhhhhhhh
Todos os dias poderiam ser assim
Sangue apara todo lado
Gritos formando um incessante coral agônico
Quebrando a normalidade dos meus dias de herói
Ei! Cuidado...
Esse é o corpo de um amigo meu.
Pobre garoto
Sonhava com dias melhores...
Tsc, Tsc
Essa juventude cada vez mais perdida
Mas não os culpo
A TV, os jornais, as revistas...
Visam muito um mundo melhor
Esperança que como todas as outras foram feitas para se perder
*Olhando para cima*
Olha mais uma...
... Bomba ou esperança dá no mesmo
Em sua breve natureza possuem os mesmos objetivos.
*Olhando para cima*
Nossa! Como a lua é linda
Nunca parei para observá-la
*Tremendo*
E pelo visto o fiz tarde de mais.

(Cenário: Uma noite, um ambiente de guerra, uma trincheira, feridos, tiros, gritos...
Não há vitoria ou derrota quando se tem sangue na boca... quando lágrimas escorrem refletindo uma vida que deixara de existir... esse fanatismo patriota só faz vitimas... vitimas essas que quando sobrevivem se tornam prisioneiras de si mesmas...)

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