sábado, 22 de janeiro de 2011

Meu Mundo

Meu Mundo

Quando as luzes se apagam é o momento em que o meu mundo ganha vida
Concreto é emanado por todos meus poros
Pequenos carros se acomodam em minhas curvas
Há um grande outdoor em branco do lado esquerdo do meu peito
Espaço que há muitas noites espero que seja ocupado
Noites essas que já não sei como esperar
Já tentei de tudo menos desistir
Às vezes quando me deito nessa cama de penas me esqueço de onde vim
E por conseqüência para onde deveria ir
Mas mesmo assim a transformação continua
Meus olhos transformados em telescópios anteciparam sua chegada
Dois pequenos espelhos que refletem a luz de estrelas que teimam em iluminar esse mar negro
Mar esse que antes fingia ser meus pensamentos
Mas já os localizei no céu
Está  vendo aquelas pequenas nuvens saindo da minha cabeça?
Lá estão eles tomando forma de acordo com o ar que sai de meus pulmões
Sabia que quando inspirado consigo viver essas formas através de pequenos momentos?
Ou seriam os momentos que inspiram tantas formas diferentes?
Não saberia responder a essa pergunta
Há muitos muros cercando o lugar onde a pureza é tanta que nenhuma pergunta faria sentido
Isso faz de todos os habitantes desse possível lar, vitimas da duvida
Então cabe a mim despertar para a realidade
E destruir esse mundo que na noite seguinte se reconstruirá
Esperando que por algum descuido um muro ou outro não fique pronto a tempo
Ou que pelo menos aquele outdoor deixe de ficar em branco
E distraia essa criança curiosa...

( Alguém poderia me distrair?)

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